Com o objetivo de incentivar a leitura e inserir as crianças no mundo dos livros, o Dia Nacional do Livro Infantil é celebrado em 18 de abril. A data foi escolhida por ser o dia do nascimento do escritor Monteiro Lobato. Deixado um pouco de lado com os avanços tecnológicos, o tempo dedicado aos livros é de extrema importância para o desenvolvimento das crianças. Algumas empresas se apropriam da força da literatura para criar e apoiar projetos literários e se comunicar com os mais diferentes públicos. Como exemplo está o Morada da Paz, que criou o projeto Turma do Vilinha, que fornece informações aos adultos para desmitificar o debate a respeito do luto infantil.
Com uma linguagem acessível para todas as idades, a Turma do Vilinha evidencia um grupo de amigos que tem como missão ajudar crianças a enfrentar o luto. Cartilhas virtuais, jogos educativos e vídeo do projeto podem ser acessados gratuitamente no site www.turmadovilinha.com.br, desenvolvido pela equipe da Psicologia do Luto do Morada da Paz.
A psicóloga do luto do Morada da Paz Mariana Simonetti, responsável por desenvolver o projeto Turma do Vilinha, explica que as crianças, assim como os adultos, também se entristecem e notam ausências e perdas. “Acontece uma quebra de vínculo e é normal sentir saudades. Por isso, para a criança não ficar criando falsas expectativas de uma suposta volta, devem receber explicações compatíveis com a idade”, alerta. Além disso, ela destaca que para o luto ser ressignificado e superado da melhor forma, ele precisa ser vivenciado e reconhecido.
Livros que abordam a temática da morte permitem que a criança tenha contato com o assunto de uma forma lúdica e sensível, além de criar uma abertura para que o assunto seja discutido pela família.
“Como elas costumam se identificar com os personagens, histórias que apresentem perdas fazem com que percebam que a tristeza é algo natural. Assim, é possível criar um espaço seguro para as crianças expressarem suas dúvidas e que contribua para que aprendam a processar o luto de maneira saudável”, explica Mariana Simonetti. Alguns títulos indicados pela psicóloga são “Menina Nina – Duas razões para não chorar” (Ziraldo), “Mari e as coisas da vida” (Tine Mortier) e “Cadê meu avô?” (Lídia Carvalho).
Outro projeto literário apoiado pelo Morada da Paz, sobre o luto e saudade, é “A Viagem do Barco Azul”, escrito pelo ilustrador, jornalista e escritor potiguar Aureliano. Após o falecimento da sua avó, Aureliano viu-se mergulhado no sentimento de saudade pela perda de uma pessoa tão querida e que era referência para ele e toda a família. Vivenciando esse processo de luto e em busca de entender melhor os sentimentos que estava processando, surgiu a obra “A viagem do barco azul”, permeada de ilustrações que concretizam a história de dona Noêmia, uma mulher potiguar simples, que tinha medo de morrer, mas que partiu de forma serena, deixando uma história digna de um livro. A obra também está disponível para download em sua versão digital (https://bit.ly/barcoazul).