A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou sessão solene, na tarde desta quinta-feira (23), para outorga do Título de Cidadã Paraibana à professora Antônia Lêda Oliveira Silva do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), pelos relevantes serviços prestados ao estado. A homenagem, proposta pelo deputado João Bosco Carneiro aconteceu no plenário “Deputado José Mariz”. A professora é também presidente do Instituto Paraibano do Envelhecimento (IPE).
O Título de Cidadão Paraibano é concedido a todas as pessoas que, não tendo nascido no estado da Paraíba, trabalharam de forma incansável para o bem-estar de nosso povo e prestem relevantes serviços ao Estado, considerando-se relevantes serviços aqueles vinculados diretamente aos setores de economia, finanças, educação e saúde, civismo ou que lhe são correlatos. Foi criado através da Resolução nº 315, de 20 de agosto de 1969, publicada no Diário Oficial do dia 20 de agosto de 1969.
Ao justificar a homenagem, o deputado Bosco Carneiro revelou sua felicidade de ser autor de uma propositura tão importante. “A professora Antônia é uma profissional dedicada à Universidade Federal da Paraíba, inclusive orientadora de vários cursos de pós-graduação. E, também, realiza um belo trabalho à frente do Instituto Paraibano do Envelhecimento (IPE), uma instituição que tem colaborado muito com informações e com a formação de vários profissionais, no sentido de que as pessoas possam envelhecer de uma forma saudável. A professora Antônia merece todas as honras, por todos os serviços que ela vem prestando ao longo de toda a sua vida”, declarou.
A deputada Daniele do Vale disse que a professora Antônio “tem um trabalho maravilhoso em prol das pessoas da terceira idade, com o projeto do Instituto Paraibano de Envelhecimento, que é reconhecido até no Japão”. “É uma grande homenagem da Assembleia. Com certeza, é uma satisfação, através dessa propositura do deputado Bosco Carneiro, estarmos partilhando nesse momento com os conhecimentos científicos da professora, com toda a sua história dentro da UFPB. Tudo isso transcendeu para que ela pudesse realizar esse trabalho social tão fundamental para a Paraíba e reconhecido no Brasil e até internacionalmente”, acrescentou a deputada.
O vereador Bosquinho, autor da propositura que concedeu o título de Cidadania Pessoa à professora Antônia, declarou que ela realiza um trabalho maravilho no Instituto Paraibano do Envelhecimento da UFPB. “É uma pessoa preocupada com aqueles que já fizeram tanto pelo município e pelo estado. Diante dessas qualificações, ela merece todo o reconhecimento porque dedica tantos anos de sua vida a essa causa, tendo seu trabalho reconhecido na América Latina. É de se comemorar e aplaudir o trabalho que vem realizando na UFPB”, disse.
O professor João Euclides Fernandes Braga, diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFPB, parabenizou o deputado Bosco Carneiro pela propositura, destacando que a professora Antônia é uma paraibana de coração, com um trabalho extenso dedicado à formação de profissionais na área da saúde, no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. “Uma pesquisadora de renome internacional; uma pessoa que contribuiu muito com a pós-graduação na UFPB; criou o Instituto Paraibano de Envelhecimento, hoje consolidado na instituição, que cuida da saúde física, mental e social de uma população muito especial no momento que são os idosos. Então, por tudo isso e muito mais, a professora Antônia é digna dessa honraria, desse reconhecimento desta casa que é do povo”, declarou.
Ao agradecer a homenagem, a professora Antônia Lêda Oliveira Silva, lembrou que o Instituto Paraibano do Envelhecimento abriga, hoje, mais de 1.200 pessoas – professores e funcionários aposentados e em atividade, além de pessoas da comunidade. “A UFPB é a única universidade púbica do Brasil que presta esse serviço através de um organismo especializado. É um espaço muito bonito, que presta um grande serviço e do qual nos orgulhamos muito”, disse.
Sobre a homenagem, ela revelou estar feliz e honrada pelo reconhecimento do Poder Legislativo Paraibano. “Acho que cumpri o papel que eu vim fazer aqui. Quando saí do Ceará eu tinha 20 anos e continuo, há 52 anos, morando aqui. Ou seja, mais tempo do que vivi no meu próprio estado. Quer dizer, que toda a minha vida foi dedicada à Paraíba, onde fui recebida com muito afeto, muito acolhimento. E essa homenagem me dá mais certeza ainda de que tudo está valendo à pena”, finalizou.
Também prestigiaram o evento o padre Paulo Cordeiro, representando os alunos e amigos da homenageada; a professora Graça Duarte, coordenadora do Instituo Paraibano do Envelhecimento (IPE); o juiz Manoel Abrantes, amigo da homenageada; e o professor e escritor Itapuan Bôtto Targino; além e gestores, professores, servidores e colaboradores do instituto Paraibano do Envelhecimento.
PERFIL DA HOMENAGEADA
Filha do agricultor Emídio Gonçalves da Silva (im memória) e da costureira Maria Alice Oliveira, Antônia Lêda Oliveira Silva nasceu em uma fazenda no município de Mombaça (CE), onde viveu sua infância. Graduou-se em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde também realizou o mestrado, na área de Psicologia Social. O doutorado, em Enfermagem, foi realizado na Universidade de São Paulo (USP), seguido de dois pós-doutorado no exterior.
A carreira na docência começou em 1981, também na UFPB. Em mais de 40 anos de magistério superior contribuiu com a formação de muitos profissionais da saúde da Paraíba. Mesmo após ter reunido condições para se aposentar, a docente decidiu retornar, em julho deste ano, à UFPB, na condição de professora visitante, no Departamento de Saúde Coletiva do CCS.
Além desse, outro importante legado da professora Antônia Lêda é a idealização do Instituto Paraibano do Envelhecimento (IPE), órgão suplementar da Reitoria da UFPB inaugurado em 2019 para contribuir na produção de estudos de pós-graduação sobre envelhecimento e promover atividades de extensão que ofertam saúde e qualidade de vida a idosos. O equipamento é pioneiro desta modalidade no âmbito de universidades públicas.
Fotos: Aguinaldo Mota/Agência ALPB