Oito paraibanos estão na lista de criminosos mais procurados do Brasil, que foi divulgada nesta segunda-feira (8), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Cada estado brasileiro indicou oito alvos prioritários com base em uma matriz de risco, que avaliou gravidade e natureza do crime cometido, vinculação com facção criminosa, múltiplos mandados de prisão e atuação interestadual. Esse processo faz parte do projeto nacional, chamado de “Captura”, reúne os nomes dos criminosos de todos os estados.
Os traficantes paraibanos inclusos na lista são considerados chefes, coordenadores de núcleos das facções e têm mandados em aberto por diversos crimes, como homicídio, tráfico de drogas, entre outros.
Além dos oito paraibanos indicados pelo estado, um paraibano integra a lista do Rio de Janeiro, é o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”. Ele está na lista por outro estado, porque os mandados de prisão em aberto contra ele aparecem pela Justiça do Rio de Janeiro.
Confira a lista dos criminosos mais procurados pela Paraíba no Brasil
Flávio de Lima Monteiro, o “Fatoka”
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Fatoka é apontado como chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Paraíba — Foto: Ministério da Justiça
Fatoka é apontado como chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Paraíba, alvo de uma operação da Polícia Civil que bloqueou R$ 125 milhões do grupo e prendeu 24 pessoas, em setembro deste ano. Há pelo menos dez mandados de prisão em aberto contra ele por diversos crimes.
Ele foi um dos 92 presos que fugiram durante uma rebelião na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, a PB1, em 2018. Meses depois da fuga, Fatoka foi localizado em Alagoas e preso novamente.
Após a prisão, houve o relaxamento do cumprimento da pena por parte da Justiça, e ele foi posto em liberdade para cumprir medidas cautelares, com o uso de tornozeleira eletrônica. Conforme a Polícia Civil, ele rompeu a tornozeleira e depois fugiu para o Rio de Janeiro.
Jonathan Ricardo de Lima Medeiros
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Conhecido como “Dom”, Jonathan chegou a ser apontado como um dos chefes do Comando Vermelho na Paraíba — Foto: Ministério da Justiça
Conhecido como “Dom”, Jonathan chegou a ser apontado como um dos chefes do Comando Vermelho na Paraíba em 2024. Na época, a polícia suspeitava que ele estaria foragido no Rio de Janeiro, de onde transmitia ordens aos faccionados e fornecia drogas e armas para ataques a facções rivais.
Contra Jonathan, há dois mandados de prisão em aberto. Um deles é por associação criminosa para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e também roubo qualificado.
Damião Barbosa, o “Damião de Araçagi”
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Damião de Araçagi está foragido e na lista dos mais procurados do Brasil — Foto: Ministério da Justiça
Em outubro, durante a megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, ele chegou a ser dado como preso pela própria Polícia Civil da Paraíba. No entanto, está foragido, após levantamento de informações dos órgãos de inteligência.
Ao g1, após a divulgação da lista, a Polícia Civil da Paraíba disse que ele não foi preso e que “a comunicação com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, após a megaoperação foi um pouco difícil por conta da quantidade de presos na ocasião” e, por esse motivo, “lguns dados acabaram se desencontrando”.
Contra ele, há dois mandados de prisão em aberto pelos crimes de de roubo majorado, com qualificadoras como uso de arma, concurso de pessoas, restrição da liberdade da vítima e tráfico de drogas.
David Ferreira da Costa, o “Mago”
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David, conhecido como “o Mago”, é procurado pelo Ministério da Justiça — Foto: Ministério da Justiça
Ele foi alvo da operação da Polícia Civil que bloqueou R$ 125 milhões do grupo e prendeu 24 pessoas, em setembro deste ano. Na época, a polícia afirmou que ele estava foragido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Ao todo são seis mandados de prisão em aberto contra David, também por diversos crimes, entre eles lavagem ou ocultação de bens, associação para o tráfico de drogas, integrar facção criminosa, entre outros.
Edivan Melo de Jesus, o “Nego”
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Contra Edivan há um mandado de prisão em aberto pela Justiça da Paraíba — Foto: Ministério da Justiça
Uma das principais funções dele era atuar no tráfico de drogas, fornecimento de munições, armas de fogo e pessoas para realizar ataques orquestrados pela facção.
Contra Edivan, há um mandado de prisão em aberto pela Justiça, por tráfico de drogas, associação para o tráfico, entre outros.
Lucian da Silva Santos, o “Galo”
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Conhecido como “o Galo” está na lista de mais procurados do Brasil — Foto: Ministério da Justiça
Apelidado de Galo, Lucian foi apontado como membro do conselho do Comando Vermelho na Paraíba e era tido como chefe do tráfico em comunidades como o Mutirão, em Bayeux, no ano de 2024.
Sebastião de Azevedo Ferreira, o “Bastos”
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“Bastos” também tem um mandado em aberto por tráfico de drogas — Foto: Ministério da Justiça
Conhecido como Bastos, Sebastião é apontado como um dos principais fornecedores de drogas em larga escala para a facção criminosa Okaida, na Paraíba.
Contra ele, há um mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas, pela 1ª Vara de Entorpecentes de João Pessoa.
Elvis Carneiro da Silva
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Elvis tem quatro mandados de prisão em aberto pela Justiça da Paraíba — Foto: Ministério da Justiça
Em 2024, Elvis se tornou réu por tráfico de drogas, crime nacional de armas e organização criminosa. Não há mais detalhes sobre a participação dele com organizações criminosas na Paraíba.
Passo a passo para denunciar os foragidos
- Acesse o site do ministério e veja a lista completa de foragidos; clique aqui.
- O denunciante terá acesso ao nome, foto e CPF dos criminosos;
- A denúncia sobre o paradeiro ou informações sobre os foragidos podem ser feitas pelos seguintes canais, de forma anônima, sem necessidade de identificação:
Ligue 190, para falar com a Polícia Militar
Ligue 197, para falar com a Polícia Civil
Ligue 181, para o disque denúncia
O ministério diz que, na denúncia, é importante mencionar que o foragido consta na lista de procurados do site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A divulgação dos nomes faz parte do Projeto Captura, do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Os criminosos foram incluídos com base em critérios como:
- envolvimento em crimes graves ou hediondos;
- participação em organizações criminosas;
- mandados de prisão em aberto.






