O delegado seccional da Polícia Civil em Mamanguape, Sylvio Rabelo, confirmou que o prefeito de Jacaraú, Márcio Aurélio, poderá entrar na lista de investigados pelo assassinato do vereador Peron Filho. A possível inclusão do gestor no inquérito levou o caso a ser remetido ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), devido ao foro privilegiado. A informação foi revelada durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, nesta terça-feira (18).
“O prefeito pode ser investigado, sim. É por isso que o procedimento subiu para o segundo grau. Não afirmamos que ele participou do crime, mas é estranho esse encontro mais de 20 dias depois da morte do vereador”, declarou Rabelo.
O delegado revelou que, 25 dias após o assassinato, a Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima que apontava para uma reunião suspeita envolvendo o prefeito, dois secretários — já presos — e outros investigados. O encontro, segundo Rabelo, ocorreu em um local que não tinha qualquer relação com repartições públicas, o que levantou o alerta da equipe.
“Achamos estranho que essa reunião tenha acontecido em um local que foge ao normal. Não era prédio público, nem residência oficial. Nos aprofundamos e coletamos elementos que justificam o envio do procedimento ao TJ”, explicou.
Os secretários Jeferson Carvalho e Antônio Fernandes, suspeitos de encomendar o assassinato, participaram da reunião com o prefeito. Ambos estão presos desde a operação policial realizada dias após o crime e são investigados por envolvimento com pistolagem e destruição de provas, incluindo o desaparecimento de celulares e de dispositivos de gravação de câmeras de segurança.
Rabelo destacou ainda que o Ministério Público e o Judiciário concordaram com a remessa do caso ao Tribunal de Justiça por se tratar de crime comum envolvendo autoridade com foro privilegiado. A Polícia Civil segue responsável pela investigação na região de Mamanguape, agora sob supervisão dos desembargadores do TJPB.
Com informações do Fonte83





