O vereador Tarcísio Jardim (PP), de João Pessoa, deu uma entrevista polêmica nesta terça-feira (28) à CBN João Pessoa, na qual reafirmou seu apoio à base aliada do prefeito Cícero Lucena, mesmo estando no PP, partido do vice-governador Lucas Ribeiro, pré-candidato ao governo da Paraíba em 2026 e adversário político de Cícero.
Durante a conversa, Tarcísio deixou claro que não pretende deixar o PP, a não ser que seja expulso, e que continuará firme em seus projetos pessoais e no compromisso com a população que o acompanha. “Eu não tenho vontade de sair do partido. Sempre fui tratado com respeito e não pretendo romper. Só sairia com anuência da presidência nacional”, disse.
O vereador explicou que a tratativa de apoio para 2024 não se estende a 2026, e que ainda é cedo para definir apoios futuros, ressaltando que não quer se desgastar antecipadamente em disputas eleitorais. Ele também destacou seu compromisso com a segurança pública e o esporte, áreas que considera prioritárias para a população da Paraíba.
Tarcísio foi ainda mais crítico à direita estadual, afirmando que existe uma desorganização e disputa interna entre os próprios grupos conservadores. “A pior doença hoje no Brasil é o extremismo ideológico. A direita na Paraíba tenta tirar voto da própria direita, em vez de conquistar indecisos. É um falando mal do outro o tempo todo”, afirmou.
Ele destacou que seu público analisa pessoas e propostas, não apenas ideologia, e que seu comportamento retilíneo é resultado da experiência em operações especiais na polícia, onde palavra e atitude valem mais que ideologia ou personagem político.
O vereador também comentou sobre a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, ressaltando que só não participará se o partido não oferecer condições para a disputa.
Com declarações firmes e críticas à desunião interna da direita, Tarcísio Jardim se mantém como uma das vozes mais controversas e alinhadas a Cícero Lucena na política de João Pessoa, mesmo em meio a conflitos partidários que já indicam um cenário eleitoral quente para 2026.






