A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (DCCPES), prendeu na manhã desta terça-feira (23) o homem acusado de praticar feminicídio contra a ex-companheira em João Pessoa. O crime ocorreu em 19 de setembro, quando a vítima foi morta com mais de 100 facadas na frente dos filhos menores do casal.
O suspeito se entregou nesta segunda-feira (22) à DCCPES, acompanhado por advogados, e permaneceu em silêncio. Segundo as investigações, após o crime ele ligou para a mãe, confessou o que havia feito e, em seguida, deixou o apartamento junto com ela e os filhos.
A Polícia Civil apurou que os dois tinham uma relação de proximidade. No dia do crime, a vítima abriu a porta para o acusado, ambos saíram para fazer compras e, ao retornarem, discutiram. Durante a briga, ele desferiu as facadas. A arma do crime não foi localizada, e ainda não se sabe onde o acusado permaneceu escondido antes se entregar.
A prisão foi realizada em cumprimento a mandado expedido pelo juízo criminal plantonista, após representação da autoridade policial responsável pelo caso. Em nota, a Polícia Civil destacou que mantém a atuação no enfrentamento à violência contra a mulher, com foco na responsabilização dos agressores e na proteção das vítimas.
Relembre o caso
A vítima, identificada como Micilene Gomes de Souza, de 26 anos, foi morta com mais de 100 facadas, segundo a perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC). De acordo com a Polícia Civil, o autor do feminicídio seria o ex-companheiro de Micilene, Lucas Farias dos Santos, de 28 anos, de quem ela estava separada há cerca de um mês.
O crime ocorreu na frente dos dois filhos pequenos do casal, uma menina de 5 anos e um menino de 3 anos, que presenciaram toda a ação. Após o ataque, o suspeito fugiu. Micilene trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Hospital da Mulher, em João Pessoa. O caso causou grande comoção entre colegas de trabalho e moradores da região.