Kamyla Maria Silva Félix, a Kamylinha, falou pela 1ª vez sobre as prisões de Hytalo Santos e do marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro. O casal está sendo investigados pelo Ministério Público da Paraíba por exploração de menores e outras infrações do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA.
O encontro com Hytalo
Segundo Kamylinha, sua vida mudou quando conheceu Hytalo, ainda criança, em Cajazeiras. “Eu tinha uns 8 ou 9 anos. Ia para as aulas dele, dançava, e ele me chamou para gravar vídeos. Desde então, aquilo foi meu refúgio. Eu me machucava, tomava remédio, tinha crises e fazia acompanhamento com psicólogo, mas nada resolvia.”
“Quando conheci Ítalo, dançando na praça do Leblon, ele foi meu refúgio. Ele me apresentou Deus, disse que eu não precisava me machucar mais porque tinha ele, tinha um amor de pai. No momento que mais precisei, ele estava comigo. Parei de tomar remédio e passei a dançar com ele. Ele dizia que via um brilho em mim que ninguém via”, lembrou.
“Nunca vou soltar a mão dele”
A jovem negou que Hytalo tenha cometido os crimes dos quais é acusado. “Ver tudo isso acontecendo com ele me machuca muito, porque eu sei da verdade dele, sei o que ele foi e é para mim. Ele não faz nada disso que estão falando: que explora crianças, que dava bebida para criança. A única coisa que ele faz é dar amor, carinho e ajudar as pessoas.”
No desabafo, Kamylinha afirmou que Hytalo também teve uma infância difícil e que os dois sempre se apoiaram.
“Hytalo, por fora das câmeras, é carinhoso, tem sentimentos. Ele tem uma casca dura porque também não teve uma infância legal. Deus nos uniu para nos dar força. Agora que ele não está mais aqui, eu não sei de onde tirar força, mas vou lembrando dos momentos bons”, contou.
“Queria muito saber como ele está, mas só posso dizer que nunca vou soltar a mão dele. Deus nos uniu e só Ele pode separar. Ítalo é um pai para mim.”
Kamylinha acredita que a aparência do influenciador pode ser um dos motivos para tantos ataques.
“Não sei se é porque ele é homossexual, negro ou porque gosta de se vestir como gosta. Só sei que ele também é vítima nessa história. São 10 anos juntos, passando por críticas, olhares em shoppings, julgamentos sem conhecer nossa história. Mas Deus é justo. O choro pode durar à noite, mas a alegria vem pela manhã. Eu creio nisso”, disse.
Vida escolar e apoio da mãe
Ela contou ainda que estuda em uma escola particular, onde sempre tirou boas notas, mas que atualmente deixou de frequentar as aulas por medo.
“Falo com minhas amigas, peço os trabalhos, mas não vou muito porque tenho receio. Sexta-feira fui à escola e um menino disse para mim: ‘Pelo menos eu não tenho uma vida de aliciador de menor’. Baixei a cabeça e vim para casa. Ninguém sabe o que Ítalo é para mim.”
Kamylinha também ressaltou o apoio da mãe, Francisca, que vendeu a casa em Cajazeiras para investir no sonho da filha de trabalhar com a internet.
“Minha mãe é uma guerreira. Toda força que eu tenho hoje eu puxei dela. Meu genitor dizia que eu não ia dar em nada, que minha mãe estava perdendo tempo me apoiando. Hoje eu consegui calar a boca dele. Se não fosse Ítalo acreditar em mim, eu não teria nada. Consegui dar uma casa para minha mãe, ter meu quarto, minhas coisas.”
