Enquanto o Brasil tenta reagir à escalada protecionista imposta por Donald Trump, com tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, um dos responsáveis por articular esse ataque econômico ao país atende pelo nome de Eduardo Bolsonaro — deputado federal, filho do ex-presidente e autodeclarado “patriota”.
A verdade, porém, é que Eduardo atua como o mais vergonhoso agente de interesses estrangeiros contra o próprio povo. Se ainda houvesse decência nas instituições, ele deveria estar respondendo por crime de lesa pátria.
Durante seu ano sabático nos Estados Unidos, Eduardo não só participou de reuniões com aliados de Trump, como atuou nos bastidores para alimentar a retórica trumpista contra o governo brasileiro. Em vez de defender os interesses do país que o elegeu, ele preferiu apoiar uma narrativa fantasiosa de perseguição política a Jair Bolsonaro, mesmo que isso resultasse em sanções comerciais brutais contra o Brasil.
Essa postura é inaceitável sob qualquer ponto de vista — moral, político ou jurídico. Trata-se de um parlamentar em exercício trabalhando abertamente contra a economia nacional, numa ação que afeta diretamente a balança comercial, o agronegócio, a indústria e o trabalhador brasileiro. É sabotagem com gravata e passaporte diplomático.
Eduardo age como embaixador informal de Donald Trump. Já havia se oferecido para ser indicado ao posto de embaixador nos EUA durante o governo do pai — uma tentativa explícita de transformar a diplomacia brasileira em extensão dos interesses familiares. Agora, volta à cena como articulador de uma política hostil contra o Brasil, enquanto finge defender “liberdade” e “soberania”.
Aos gritos de “patriotismo”, Eduardo Bolsonaro está lambendo as botas do trumpismo mesmo quando este ataca frontalmente o país. Aplaude tarifas que vão encarecer exportações brasileiras, afetar milhares de empregos e comprometer a competitividade de setores inteiros da economia. Isso não é patriotismo. É traição travestida de ideologia.
O Código Penal Militar (art. 355) define como crime de lesa pátria os atos que atentam contra a integridade, soberania ou segurança do Estado brasileiro. E se um deputado federal, remunerado com dinheiro público, atua no exterior para enfraquecer economicamente seu próprio país, não resta outro nome possível para o que ele cometeu.
Mais do que discurso irresponsável, Eduardo Bolsonaro está conspirando contra o Brasil no cenário internacional, numa tentativa rasteira de desestabilizar o atual governo, mesmo que isso custe o sofrimento de milhões de brasileiros.
É inadmissível que uma figura pública com mandato continue agindo impunemente como agente estrangeiro dentro do Congresso Nacional. Se Eduardo estivesse na China, nos EUA ou em qualquer país sério, já estaria sendo investigado por alta traição.
Cabe ao Ministério Público Federal e à Câmara dos Deputados abrirem procedimentos formais para apurar as ações de Eduardo nos EUA. Não se trata de embate político — é uma questão de soberania nacional. A leniência com traidores é uma ameaça tão grave quanto o crime em si.
Eduardo Bolsonaro já ultrapassou todas as linhas da ética, da decência e da legalidade. Sua atuação recente nos Estados Unidos não foi apenas vergonhosa — foi criminosa. Ele não defendeu o Brasil, ele entregou o Brasil. E por isso, precisa ser tratado como o que é: um falso patriota que deve responder por crime de lesa pátria.