Diely da Silva Maia, de 34 anos, morreu na noite de sábado (28) após o carro por aplicativo em que ela estava entrar por engano na comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, na zona oeste do Rio de Janeiro. O motorista, identificado como Anderson Pinheiro, de 34 anos, foi baleado, mas sobreviveu.
Natural de Candiba, na Bahia, Diely morava há pelo menos cinco anos em Jundiaí, no interior de São Paulo, onde se formou em Contabilidade pela Faculdade Padre Anchieta. A jovem estava de férias no Rio de Janeiro pela segunda vez consecutiva para celebrar o réveillon, acompanhada de amigas.
O crime ocorreu na Estrada Benvindo de Novaes. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 21h14 para atender à ocorrência, constatando a morte de Diely no local e ferimentos no motorista, que foi encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, para atendimento médico. Ele foi liberado após ser medicado e prestou depoimento na delegacia. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital fluminense.
Diely, que compartilhava momentos de suas viagens em sua conta do Instagram, esteve no Rio também em setembro deste ano, quando aproveitou o Rock in Rio. Entre suas viagens favoritas estavam passeios pela Praia de Ipanema, Parque Lage e um amanhecer em stand-up paddle no Rio, além de destinos como Maresias, no litoral paulista, e visitas à sua família na Bahia.
Em uma de suas últimas postagens, horas antes de morrer, ela aparece de biquíni e saída de praia, aproveitando o dia à beira-mar.
Diely da Silva, em uma de suas últimas postagens no Instagram, horas antes de morrer. Foto: Reprodução.
Em nota, a Uber, empresa responsável pelo aplicativo utilizado no momento do crime, lamentou o ocorrido. A plataforma destacou que “todas as viagens na plataforma são cobertas por um seguro” e garantiu que “permanece sempre à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei.”
A comunidade Fontela, onde o crime aconteceu, foi alvo da Operação Ordo, realizada pelas polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro em meados do ano. A ação buscava combater disputas entre traficantes e milicianos na região, mas não obteve grandes resultados.