Famoso cabaré de Paris, o Moulin Rouge confirmou que vai parar de usar serpentes de espécies protegidas em seu espetáculo diante das pressões de uma associação de defesa dos animais.
Neste espetáculo, que costumava ser diário, uma bailarina entra em um cubo transparente com água e manipula grandes serpentes da espécie píton, que tentam manter suas cabeças fora d’água (vídeo abaixo).
A direção divulgou um breve comunicado à AFP para confirmar “o fim definitivo do número com serpentes”, antecipando a promessa de acabar com o espetáculo, o que estava previsto para o ano que vem. Na última sexta-feira, em um artigo do jornal Le Parisien, o Moulin Rouge havia informado que encerraria “a apresentação de animais no palco […] em 2024”.
esta quarta-feira, estava prevista uma manifestação em frente ao cabaré pela associação de proteção animal Paris Animaux Zoopolis, que também pretendia “apresentar uma denúncia de maus-tratos aos animais”.
“É um avanço histórico” na França, declarou a cofundadora do grupo, Amandine Sanvisens.
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As duas espécies usadas “são protegidas”, além de serem “terrestres” e não aquáticas, lamentou a Prefeitura de Paris no início de março, pedindo à casa de shows que deixasse “de utilizar animais silvestres” em seus espetáculos.
O Moulin Rouge destacou que já havia comunicado sua decisão de acabar com o número a duas deputadas encarregadas de verificar a aplicação da lei de 30 de novembro de 2021 contra o abuso de animais.
A lei reforça a supervisão de espetáculos com animais silvestres em boates e programas de televisão, mas não faz nenhuma referência aos cabarés.
Extra Globo