Lançaram um iceberg contra o melhor navio das estatais brasileiras, de quem todos se orgulham, a Embrapa. Um desastre. O Governo indica petistas e sindicalistas, sem qualificação, disputa e escolha múltipla com base no mérito e na experiência, para dirigir a Embrapa.
A Diretoria-Executiva da Embrapa é responsável por planejar, supervisionar, coordenar e controlar as atividades da Embrapa e formular suas políticas. Ela é composta pela Presidência e quatro Diretorias: de Governança e Gestão; de Negócios; de Pesquisa e Inovação; e de Pessoas, Serviços e Finanças.
A Diretoria era selecionada por mérito e qualificação científica. Agora mais não. O presidente da Embrapa foi tirado do cargo três meses antes do final do mandato. Para substituí-lo o núcleo petista indicou Silvia Massurah. Ela nunca teve participação em cargos centrais da empresa. É desconhecida no agronegócio. E desconhece o mundo rural. Sem ideia de ciências agronômicas e agrárias, cadeias produtivas e suas organizações, numa mistura letal de oportunismo e arrivismo, declaradamente assustada, aceita um cargo fora de suas capacidades.
Os quatro outros diretores foram escrutinados e indicados, três pela CUT e todos pelo PT por seu alinhamento ideológico e histórico, com base na velha política: um de cada região do Brasil. Como se as diretorias da Embrapa fossem geográficas. Numa prática totalitária, são candidatos únicos. Não há abertura para concorrentes. Nem disputa.
Eles tiveram seus nomes recusados pelo Conselho de Administração da Embrapa (Consad) na semana passada: desqualificados e despreparados para assumir as funções. Um candidato, inclusive, declarou ao Consad não saber para que existia a diretoria por ele pretendida!
Após a recusa, a pressão do Governo foi enorme. O Ministro da Agricultura implorou voto de confiança. Foram processos parecidos no BNDES, Itaipú, Petrobrás… e agora na Embrapa. Nesta 6ª., os membros do CONSAD levarão ao naufrágio seus currículos, o interesse público e a história da Embrapa?
Segundo pesquisador respeitado: “Se nada for feito, nos próximos dias sairá no DOU a nomeação da mais despreparada diretoria já indicada na história da instituição. Uma diretoria majoritariamente tutelada por interesses sindicais e sem nenhuma qualificação, a mais remota que seja…”